A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal um relatório destacando omissões e contradições no depoimento de um ex-assessor do governo passado, atualmente colaborador em acordo de delação premiada. As inconsistências levantaram dúvidas sobre o cumprimento das cláusulas do acordo, que inclui a revelação completa de informações relevantes às investigações. O Supremo solicitou que a Procuradoria-Geral da República avalie a situação antes de decidir sobre a manutenção dos benefícios da delação.
O investigado negou ter conhecimento de planos para um golpe de Estado ou ações relacionadas a conspirações envolvendo autoridades do governo e do Judiciário. Apesar disso, mensagens analisadas pela PF sugerem diálogos sobre possíveis movimentações antes do fim do mandato presidencial anterior. Paralelamente, outras prisões e operações foram conduzidas nesta semana como parte da mesma investigação, aprofundando a apuração de possíveis conexões.
Caso o acordo de delação seja anulado, as provas já coletadas permanecerão válidas para o processo. O colaborador, no entanto, corre o risco de perder benefícios como a redução de pena e o cumprimento das sanções fora da prisão. A decisão sobre a revogação dos privilégios dependerá de uma análise mais detalhada, e a possibilidade de prisão segue sendo avaliada pelas autoridades competentes.