A recente derrota de Kamala Harris na corrida presidencial americana trouxe reflexões profundas entre mulheres que desejam ver uma mulher na presidência dos Estados Unidos. A perda gerou um sentimento de decepção, especialmente entre mulheres negras que se identificavam com a vice-presidente e viam em sua candidatura uma chance de quebrar barreiras históricas. Essa derrota reflete um padrão observado ao longo das últimas décadas, no qual mulheres candidatas, mesmo qualificadas, enfrentam obstáculos significativos, sugerindo que a aceitação de uma mulher no cargo mais alto do país ainda não se consolidou entre o eleitorado americano.
Enquanto outros países elegeram mulheres para cargos de destaque, nos Estados Unidos o caminho parece mais desafiador. Em meio às barreiras persistentes, figuras como Hillary Clinton e Kamala Harris abriram espaço para discussões sobre gênero e liderança, mas ambas enfrentaram uma resistência que parece ligada ao preconceito de gênero. Especialistas apontam que, apesar do avanço em aceitar mulheres em cargos de liderança, o eleitorado americano ainda impõe limites quanto ao perfil dessas líderes, o que impacta diretamente as chances de uma mulher ocupar a presidência.
Apesar dos desafios, a participação feminina na política continua crescendo e trazendo conquistas importantes, como o aumento do número de governadoras e senadoras. Para mulheres e organizações engajadas na representação feminina, a jornada não termina com a derrota de Kamala; a mobilização em torno da igualdade de gênero na política segue viva e em expansão. A esperança é que a participação de mulheres na política alcance a presidência americana, rompendo de vez o teto de vidro que ainda persiste no país.