A polícia italiana desmantelou uma grande rede de falsificação de arte que produzia e comercializava réplicas atribuídas a renomados artistas modernos e contemporâneos. Com uma operação internacional envolvendo Itália, Espanha, França e Bélgica, as autoridades apreenderam mais de 2.100 obras falsas e descobriram seis ateliês de falsificação. Segundo o Ministério Público de Pisa e o esquadrão de arte dos Carabinieri, o valor estimado dessas obras, que incluíam nomes de artistas como Banksy, Pablo Picasso e Andy Warhol, poderia atingir 200 milhões de euros, ou cerca de R$ 1,2 bilhão.
A investigação começou em 2023, após a descoberta de cerca de 200 peças falsas na coleção de um empresário em Pisa, incluindo uma réplica de um desenho de Amedeo Modigliani. Esse achado levou a polícia a rastrear uma rede de falsificação que operava com o apoio de casas de leilão italianas, além de realizar exposições em locais prestigiosos na Itália para aumentar a credibilidade das obras. A operação foi considerada pelas autoridades uma das maiores já realizadas para proteger as obras de Banksy, com especialistas alertando o público para o risco de falsificações no mercado de arte.
Com o avanço das investigações, 38 pessoas estão sob suspeita de envolvimento em crimes como conspiração para negociar produtos roubados e falsificados, além de venda ilegal de obras de arte. As autoridades alertam para o cuidado na aquisição de peças de artistas contemporâneos, cuja valorização no mercado os torna alvos comuns de falsificação.