O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que os recursos necessários para ações climáticas no valor de US$ 800 bilhões por ano já estão disponíveis, mas a grande questão é como garantir que esses fundos cheguem efetivamente aos governos municipais. Paes, ao lado de prefeitas de outras cidades, explicou que a proposta do G20 não é apenas uma recomendação, mas um modelo que sugere a criação de um fundo garantidor. Este fundo teria como objetivo facilitar o acesso dos municípios aos recursos de instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, ao evitar a necessidade de garantias por parte dos governos centrais.
A proposta busca solucionar o principal obstáculo enfrentado pelos municípios: a dependência das autorizações e garantias dos governos federais para acessar esses recursos, o que muitas vezes dificulta a liberação de verbas. Paes explicou que o novo modelo permitiria que os municípios pudessem acessar os recursos sem que isso impactasse negativamente nas contas nacionais dos países. Com a criação do fundo, o governo federal não precisaria incluir esses recursos em seu balanço, facilitando a operação financeira e a liberação do financiamento para as prefeituras.
O prefeito ressaltou que, embora as instituições financeiras responsáveis pela liberação dos recursos ainda avaliariam a saúde fiscal das prefeituras, o novo formato traria mais flexibilidade, permitindo que as condições fiscais municipais, e não as nacionais, sejam as determinantes. Com isso, seria possível um fluxo mais ágil de investimentos para ações climáticas e de sustentabilidade nos níveis locais, promovendo a inovação e a implementação de projetos com maior eficiência.