O rastreamento do câncer de próstata é recomendado para grupos de risco, como homens negros, pessoas com histórico familiar da doença ou aqueles com mais de 60 anos. Os exames de toque retal e PSA (antígeno prostático específico) são essenciais para detectar precocemente o tumor, permitindo maior sucesso no tratamento. Embora especialistas reconheçam os benefícios do diagnóstico precoce, o Ministério da Saúde e a OMS não recomendam o rastreamento em homens assintomáticos da população geral, citando falta de evidências de que o procedimento traga mais benefícios do que riscos.
Essa orientação gera debate no Brasil, onde o cenário de acesso à saúde e diagnósticos difere de países como os Estados Unidos. Dados mostram que até 35% dos casos no Brasil são diagnosticados em estágio avançado, o que poderia ser evitado com programas de rastreamento mais amplos. Especialistas defendem que a decisão de realizar o rastreamento seja discutida individualmente com o médico, considerando os potenciais riscos de diagnósticos excessivos e os benefícios de evitar casos avançados da doença.
Além de identificar o câncer, o rastreamento oferece uma oportunidade para abordar a saúde geral dos homens, incluindo hábitos de vida e sintomas urinários. Diagnósticos precoces reduzem o risco de sequelas graves, como perda de ereção e incontinência urinária, relacionadas ao tratamento do câncer avançado. Assim, muitos especialistas argumentam que a prevenção é essencial não apenas para combater o câncer, mas também para promover a saúde integral masculina.