A Raízen (RAIZ4) reportou um prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões no segundo trimestre de 2024/25, uma reversão significativa em relação ao lucro líquido de R$ 28,4 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Em termos ajustados, o prejuízo foi de R$ 96,7 milhões, comparado ao lucro de R$ 181,3 milhões no segundo trimestre de 2023/24. O resultado negativo foi impactado pela estrutura de capital da companhia, alavancagem financeira, além da monetização de créditos tributários de R$ 1,3 bilhão e a sazonalidade das operações, o que influenciou principalmente o desempenho financeiro.
Apesar do prejuízo, a receita líquida da Raízen aumentou 22,6%, alcançando R$ 72,9 bilhões no período, impulsionada pela maior comercialização de produtos nos segmentos de Açúcar e Renováveis. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 4,619 bilhões, com um crescimento de 6,4% em relação ao ano anterior, embora o Ebitda ajustado tenha recuado 1,7%. A empresa também registrou um resultado financeiro negativo de R$ 1,685 bilhão, com melhora de 1,2%, devido às despesas financeiras líquidas e variações cambiais.
A alavancagem financeira da Raízen, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, aumentou para 2,6x, em comparação com 1,9x no mesmo período do ano anterior. A dívida líquida atingiu R$ 35,9 bilhões, um crescimento de 19,5%. A companhia também realizou investimentos de R$ 2,382 bilhões, focados em manutenção dos canaviais, expansão de plantas de etanol de segunda geração (E2G) e melhorias nos ativos da refinaria da Argentina.