O Radar da Transparência Pública avaliou a transparência de 173 órgãos públicos no estado do Rio de Janeiro, incluindo prefeituras e casas legislativas, e encontrou um cenário preocupante. Apenas 13 dessas instituições receberam o selo de transparência, que reconhece boas práticas na divulgação de informações, conforme os critérios das leis de responsabilidade fiscal e de acesso à informação. Esses critérios exigem, por exemplo, que dados sobre a execução orçamentária e financeira sejam facilmente acessíveis ao cidadão. O Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Câmara do Rio e a prefeitura se destacaram entre os certificados, mas ainda há lacunas em algumas informações essenciais, como a disponibilização de dados sobre licitações e contratos.
Em contraste, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi a pior colocada, com apenas 41,67 pontos, ficando em 145º lugar no ranking geral de 173 instituições avaliadas. Esse baixo desempenho reflete a dificuldade do órgão em atender às exigências mínimas de transparência. No ranking das 22 assembleias estaduais, a Alerj superou apenas as de Acre e Tocantins. Para os responsáveis pelo estudo, o resultado aponta para a necessidade de melhorar a gestão da informação pública e implementar políticas mais claras de transparência, o que pode ser um aprendizado importante para os 160 órgãos que não receberam a certificação neste ano.
A Alerj, por sua vez, informou que está passando por uma reformulação em seu site, com o objetivo de tornar a plataforma mais funcional e inclusiva. Segundo a instituição, ao final desse processo, todas as informações necessárias estarão disponíveis de maneira completa, o que poderá contribuir para a melhoria do acesso à informação e o cumprimento das exigências de transparência.