Um rabino israelense residente nos Emirados Árabes Unidos foi encontrado morto, em um caso que as autoridades israelenses classificaram como um ato terrorista antissemita. O desaparecimento do religioso ocorreu no último dia 21 de novembro, desencadeando preocupações sobre possíveis motivações políticas ou sectárias, especialmente em meio à escalada de tensões no Oriente Médio envolvendo Israel, Faixa de Gaza e Líbano. O gabinete do primeiro-ministro israelense confirmou o falecimento em nota conjunta com o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Embora o comunicado oficial não tenha atribuído a responsabilidade a nenhuma entidade específica, especula-se sobre a possibilidade de envolvimento iraniano, uma vez que o país possui histórico de operações de inteligência e sequestros na região. Autoridades ocidentais apontam que a presença iraniana nos Emirados é significativa, com milhares de cidadãos iranianos vivendo no país. A morte do rabino ocorre em um momento delicado das relações entre Israel e Emirados, países que normalizaram seus laços diplomáticos em 2020.
Desde a normalização, os Emirados Árabes Unidos têm desempenhado um papel importante como ponto de conexão para israelenses em negócios e turismo, além de serem um elo essencial de transporte em meio às restrições aéreas ao Aeroporto Ben Gurion, em Tel-Aviv. Este episódio ressalta os desafios de segurança enfrentados na região, reacendendo preocupações sobre o impacto da instabilidade geopolítica em iniciativas de cooperação entre países do Oriente Médio.