A questão 33 da prova de Linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 tem causado debates entre educadores devido à ambiguidade de suas alternativas. A questão analisa o uso reiterado da palavra “coisa” em uma crônica de Tati Bernardi, que menciona a palavra 11 vezes, além de incluir cognatos como “coisar” e “coisinha”. Segundo especialistas, essa repetição não apenas enriquece o texto, mas também contribui para a progressão temática e pode ser interpretada de diferentes maneiras, levando a duas respostas aceitáveis: a alternativa A, que enfatiza a intertextualidade com músicas de Caetano Veloso, e a alternativa C, que foca na reiteração da palavra.
Educadores destacam que a crônica contém referências a quatro canções do artista, o que reforça a intertextualidade e justifica a validade da alternativa A. No entanto, a função poética da repetição da palavra “coisa” pode igualmente fundamentar a opção C, tornando ambas as respostas válidas. Essa complexidade na interpretação pode levar o Inep a considerar a anulação da questão ou a aceitação de um gabarito duplo, já que o gabarito oficial provavelmente apontará a alternativa A como correta.
Além disso, o Enem 2024 traz orientações práticas para os candidatos, como os documentos necessários, itens permitidos e proibidos durante a prova, além de dicas de gestão do tempo para a resolução das questões. A abordagem do exame por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI) também é destacada, explicando que o desempenho dos candidatos é avaliado de maneira a priorizar a coerência nas respostas, o que pode impactar a nota final de acordo com a complexidade das questões respondidas.