O presidente russo Vladimir Putin afirmou que a China é uma aliada estratégica da Rússia, apoiando suas reivindicações sobre Taiwan. Em uma declaração durante o fórum Valdai, Putin afirmou que nenhum país deveria temer a crescente cooperação entre Rússia e China. A relação entre as duas nações, que assinaram um acordo de parceria “sem limites” em 2022, foi recentemente ampliada para uma “nova era” de colaboração estratégica, embora sem uma aliança militar formal.
Putin rejeitou a ideia de que a China adota uma postura agressiva na região e criticou o que vê como provocações em torno de Taiwan, governado democraticamente, mas considerado pela China como parte de seu território. Segundo o Kremlin, Taiwan estaria intensificando a tensão na Ásia com o intuito de atrair apoio internacional, o que seria similar ao contexto do conflito na Ucrânia. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan acusou Rússia e China de ameaçarem a ordem internacional e a estabilidade global.
Em defesa da aliança, Putin comparou os exercícios militares conjuntos entre Rússia e China com os realizados pelos Estados Unidos e Japão, afirmando que são voltados para a segurança dos respectivos países e não representam uma ameaça a outros. O líder russo reafirmou sua confiança na política da China e enalteceu a parceria em áreas como comércio e segurança, enquanto Taiwan e seus aliados alertam para o risco de desestabilização regional causado pela aproximação entre as duas potências.
