O deputado federal Rogério Correia (PT) expôs divergências dentro do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais ao criticar publicamente seu colega de partido Reginaldo Lopes. Em uma carta publicada após o término das eleições municipais, Correia acusou Lopes de defender uma postura mais próxima ao mercado e de apoiar o candidato Fuad Noman (PSD) na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Essas críticas revelam um descontentamento interno com a falta de apoio a Correia por parte de membros do próprio partido, o que contribuiu para o seu desempenho desfavorável nas eleições.
Lopes, em resposta indireta às acusações, declarou por meio de sua assessoria que está focado na luta pela redução da jornada de trabalho, mencionando a PEC sobre o fim da jornada 6 por 1, proposta por Erika Hilton (PSOL). Paralelamente, outras lideranças do PT em Minas Gerais, como Marília Campos, reeleita prefeita de Contagem, têm se manifestado a favor de um diálogo ampliado com o centro político e criticado algumas abordagens internas que considera excessivamente identitárias.
O Diretório Estadual do PT em Minas Gerais, por sua vez, minimizou as tensões, caracterizando-as como parte do processo democrático interno do partido. Destacou ainda o desempenho do PT no estado, que aumentou o número de prefeituras conquistadas, apesar das dificuldades na capital.