O PSDB enfrentou uma queda significativa nas eleições municipais de 2024, com uma diminuição drástica no número de prefeitos eleitos, passando de 523 em 2020 para apenas 272. O presidente nacional do partido, Marconi Perillo, atribui essa queda a decisões equivocadas do partido nos últimos anos, como a estratégia de concentrar ataques exclusivamente em Jair Bolsonaro, o que afastou seu eleitorado mais conservador. Perillo também destacou a escolha de não lançar uma candidatura própria à Presidência em 2022, o que resultou em uma perda de representatividade no Congresso.
Além disso, o PSDB sofreu derrotas expressivas em São Paulo, especialmente com a candidatura de José Luiz Datena à Prefeitura da capital, que obteve um desempenho abaixo do esperado. Em contrapartida, o partido obteve algumas vitórias em estados como Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, mas ainda assim o cenário geral foi de enfraquecimento. A sigla agora se vê obrigada a revisar suas estratégias e buscar novas lideranças para 2026, com a possibilidade de fusões com outras legendas de centro.
O partido também enfrentou um esvaziamento de suas prefeituras, com muitos municípios conquistados em 2020 sendo perdidos para outros partidos, como o PSD, PL e União Brasil. A crise interna e a perda de apoio geraram discussões sobre o futuro do PSDB, que enfrenta o risco de ser marginalizado no cenário político brasileiro. Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, ressaltou a necessidade de o partido se manter no centro político, evitando extremos e reconstruindo sua narrativa para recuperar a relevância no contexto político nacional.