O PSD, maior bancada no Senado com 15 senadores, anunciou seu apoio à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência da Casa para o próximo ano. Com o apoio formal de vários partidos, incluindo PL, PT e PSB, Alcolumbre já conta com 63 votos, superando os 41 necessários para a vitória. A decisão do PSD foi acompanhada pela desistência da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que inicialmente cogitava lançar sua pré-candidatura à presidência. A movimentação do partido visa fortalecer sua posição política, garantindo cargos estratégicos na próxima gestão do Senado.
O PSD, além de apoiar a candidatura de Alcolumbre, busca assegurar o controle de algumas das principais funções da Casa. O partido pretende conquistar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a primeira-secretaria, que lida com questões administrativas. Os nomes cotados para esses cargos são Otto Alencar (PSD-BA) para a CCJ e Daniella Ribeiro (PSD-PB) para a primeira-secretaria. A distribuição de cargos nas comissões e na Mesa Diretora seguirá o tamanho das bancadas, conforme o regimento interno do Senado, e o PSD, por ser o maior partido, tem prioridade na negociação desses espaços.
Na eleição anterior, a oposição lançou um candidato próprio à presidência do Senado, o que resultou na exclusão de partidos como PL, PP e Republicanos da composição das comissões e da Mesa Diretora. No entanto, este ano, a estratégia do PL foi diferente, com o partido antecipando seu apoio a Alcolumbre para garantir participação nas futuras decisões do Senado. Alcolumbre, que já foi presidente da Casa entre 2019 e 2021, tem fortalecido suas alianças políticas, incluindo com o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o que amplia suas chances de sucesso nas próximas eleições para a presidência do Senado.