No último sábado (16), mais de 700 pratos vazios foram fincados na areia de Copacabana como parte de um protesto que pedia o fim da fome no mundo, coincidentemente às vésperas da reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro. A manifestação, organizada pelas ONGs Rio de Paz e Ação da Cidadania, buscou chamar a atenção para os 733 milhões de pessoas que sofrem com a fome globalmente, segundo dados da ONU. A ação também relembrava a frase do sociólogo Herbert de Souza: “Quem tem fome tem pressa”, enfatizando a urgência no combate ao flagelo da fome.
Além deste ato, outra manifestação ocorreu paralelamente, organizada pela Cúpula dos Povos. Este movimento criticou a estrutura de poder do G20 e a falta de representatividade de questões como justiça climática e direitos humanos nos debates da cúpula. Participantes usaram máscaras de líderes globais e protestaram contra políticas imperialistas, com destaque para a situação da Palestina. A marcha também abordou temas como o fim das guerras e a autodeterminação dos povos, contrastando com as decisões dos líderes do G20.
Durante este período, o Brasil, que ocupa a presidência rotativa do G20, se comprometeu a promover a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa que já conta com o apoio de 41 países e promete beneficiar milhões de pessoas ao redor do mundo. A expectativa é que o grupo de nações aprove um documento final que reflete as necessidades e prioridades da sociedade civil, abordando desde a segurança alimentar até questões de justiça social. As manifestações visaram pressionar os líderes a adotar medidas concretas e mensuráveis para combater a desigualdade e a fome global.