Em 9 de novembro de 2024, milhares de manifestantes se reuniram em Valência para protestar contra a gestão das inundações que ocorreram em 29 de outubro, que resultaram na morte de 220 pessoas, sendo 212 apenas na região de Valência. Os protestos ocorreram após críticas à falta de alerta claro e contundente sobre a intensidade das chuvas que se aproximavam. Cidadãos e sindicatos alegam que os governantes regionais e nacionais falharam na comunicação e na ação para proteger a população das fortes enchentes que afetaram quase 80 municípios.
Os manifestantes, que se concentraram na praça da Câmara Municipal e seguiram até o Palácio da Generalitat, exigiram, entre outras coisas, a renúncia do presidente regional de Valência, Carlos Mazón. As críticas focam principalmente na demora e na falta de coordenação nas respostas das autoridades, o que teria agravado os danos. Muitos moradores, como o aposentado Julián García, afirmaram que as autoridades falharam ao não emitir alertas preventivos, expondo as pessoas a riscos desnecessários.
A situação crítica gerou um clima de indignação, com pessoas como a arquivista Ana de la Rosa denunciando disputas políticas entre o governo regional e o central, que teriam prejudicado a eficácia da resposta à tragédia. Para outros, como a moradora Trini Orduña, tanto o governo de Valência quanto o de Madri demonstraram uma gestão ineficaz e irresponsável diante da catástrofe. Além das vítimas fatais, centenas de pessoas continuam desaparecidas, enquanto esforços de limpeza e resgates estão em andamento na região.