Profissionais de Educação do Rio de Janeiro estão em greve por tempo indeterminado em protesto contra o Projeto de Lei 186/2024, proposto pela Prefeitura, que altera o plano de carreira da categoria. O projeto prevê mudanças significativas nos benefícios dos professores, como o fim da licença-prêmio, que atualmente garante três meses de licença a cada cinco anos de serviço, e alterações nas férias, permitindo seu fracionamento em até três períodos. Além disso, o PL propõe uma ampliação da carga horária mensal, aumentando o número de aulas que os professores devem ministrar, o que gerou insatisfação entre os profissionais da área.
A tensão aumentou após a invasão de manifestantes na Câmara dos Vereadores do Rio durante a votação do projeto, que foi retirada de pauta temporariamente. A manifestação, que ocorreu na terça-feira (26), exigiu o arquivamento do PL e também a revogação de outra lei que amplia para até seis anos o tempo de contratos temporários para professores na rede municipal. A greve, que teve início na segunda-feira (25), foi acompanhada por confrontos com a polícia e bloqueios em vias públicas, gerando um ambiente de grande mobilização.
Em resposta aos protestos, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que as reuniões com os representantes sindicais têm sido constantes e que o calendário escolar continuará conforme o planejado, sem alterações. Apesar da tensão e dos protestos, o governo municipal tenta manter a normalidade das atividades escolares, enquanto novas assembleias da categoria estão previstas para os próximos dias, com possibilidade de intensificação das mobilizações.