Há 19 dias, grupos de produtores de coca, camponeses e mineradores na Bolívia bloquearam estradas em protesto contra o governo atual, intensificando a tensão na região de Cochabamba. O ex-presidente, que lidera o movimento de contestação, é alvo de investigações por alegações de irregularidades, o que gerou descontentamento entre seus apoiadores, que também enfrentam dificuldades econômicas, como aumento de preços e escassez de combustíveis.
Recentemente, o governo enviou forças de segurança para desmantelar os bloqueios, levando a confrontos que culminaram na invasão de unidades militares por parte dos manifestantes, que mantiveram militares como reféns. Essa escalada de violência se deu em um contexto em que os protestos já causaram prejuízos significativos ao país, afetando a circulação de bens essenciais.
Em meio à crise, o ex-presidente apelou para que seus apoiadores reconsiderem os bloqueios e anunciou uma greve de fome, exigindo mesas de diálogo para tratar das crises política e econômica. As tensões entre ele e o atual governo refletem uma luta interna pelo controle do partido e a possibilidade de sua candidatura nas próximas eleições.