A equipe econômica do governo apresentou uma proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estabelece um limite para o crescimento das despesas obrigatórias, com exceções para o aumento real do salário mínimo e a vinculação das aposentadorias. Os ministros da Fazenda e do Planejamento também sugerem alterações nas vinculações de gastos com educação e saúde, buscando controlar despesas que atualmente superam os limites do arcabouço fiscal. A aprovação dessas medidas é vista como essencial para evitar a paralisação de setores da administração pública ou a quebra das regras fiscais, o que poderia gerar uma crise econômica no Brasil.
As autoridades econômicas acreditam que possuem o apoio de uma parte significativa do Congresso Nacional para aprovar as novas diretrizes, apesar de que o partido no governo pode apresentar resistência. A avaliação é de que a dinâmica política em torno das eleições nos Estados Unidos poderá influenciar a urgência da aprovação dessas medidas. Em caso de uma vitória de Donald Trump, as projeções indicam um fortalecimento do dólar, impactando a inflação e tornando a gestão econômica brasileira mais desafiadora.
Projeções do Ministério do Planejamento revelam que, se não houver controle, as despesas obrigatórias poderão comprometer severamente os gastos discricionários da União a partir de 2027. As previsões apontam para uma queda significativa nas despesas livres, que poderiam reduzir pela metade para atender às metas fiscais estabelecidas pelo governo, sendo que a meta é alcançar um resultado fiscal zero nos anos de 2024 e 2025, seguido de superávits modestos nos anos seguintes.