A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Ricardo Nunes, rejeitou a proposta de gradeamento da Praça da República, no centro da cidade, defendendo a importância de manter o espaço aberto ao público e preservando sua função histórica e cultural. A proposta, apresentada pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Centro, buscava transformar a praça em um parque cercado para combater problemas como criminalidade, prostituição e acúmulo de lixo. No entanto, pareceres contrários de secretarias municipais apontam que o fechamento desconfiguraria a praça e traria prejuízos à circulação e ao acesso a instituições como a Escola Municipal e a Secretaria de Educação do Estado.
Durante reunião no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp), o Conseg argumentou que o gradeamento é a única solução para preservar a praça, que estaria abandonada pelos poderes públicos. Apesar disso, órgãos municipais e estaduais reforçam que medidas de segurança estão em andamento e que o fechamento da praça não resolveria problemas sociais subjacentes. Além disso, foi ressaltado que a transformação exigiria recursos orçamentários significativos, além de potencialmente prejudicar a dinâmica e o uso livre da área pela população.
A Praça da República é tombada desde 1992 e carrega um legado histórico, datando do século 19, com características arquitetônicas inspiradas na Europa. Os pareceres técnicos destacam a relevância de manter a praça aberta, além de estudos que demonstram que o cercamento de outros parques resultou apenas na migração de moradores de rua para áreas próximas, sem solucionar questões sociais. A Prefeitura, por sua vez, continua realizando manutenção e ações de limpeza, enquanto o debate sobre a melhor maneira de revitalizar e proteger o espaço público prossegue.