O promotor especial responsável pelos casos envolvendo tentativas de interferência nas eleições de 2020 e o armazenamento indevido de documentos secretos em uma residência particular solicitou a suspensão de dois processos contra o ex-presidente. O pedido, feito no dia 25 de setembro, é baseado na diretriz do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que orienta a suspensão de ações legais contra um presidente em exercício, o que se aplica à situação do novo presidente eleito. O procurador enfatizou que a decisão não implica em inocência para o acusado e que os outros envolvidos nos processos continuarão a ser processados.
Os processos em questão envolvem a tentativa de reverter os resultados da eleição de 2020 e o manuseio inadequado de documentos confidenciais. Em relação aos documentos, o FBI encontrou uma grande quantidade de material sigiloso na residência do ex-presidente, e as acusações incluem obstrução de justiça. No entanto, devido ao fato de o réu ter sido eleito para a presidência novamente, a solicitação de suspensão foi apresentada, considerando a impossibilidade legal de processar um presidente em exercício. A juíza responsável pelo caso concordou com o arquivamento das acusações, mas deixou a porta aberta para uma possível reabertura das investigações após o fim do mandato.
Embora os processos estejam sendo suspensos temporariamente, o promotor indicou que a decisão não impede futuras acusações após a posse do novo governo. As investigações, especialmente sobre os documentos classificados, permanecem em andamento, e a possibilidade de novos desdobramentos legais permanece em aberto. A situação é inédita nos Estados Unidos, já que é a primeira vez que um ex-presidente enfrenta acusações criminais em um contexto de possível reeleição.