Durante o encontro do G20 realizado no Rio de Janeiro, um projeto inovador de paisagismo chamou a atenção. No centro da mesa de reuniões dos chefes de Estado, foi instalada uma agrofloresta composta por 80 espécies representativas dos seis biomas brasileiros. A iniciativa foi liderada por duas mulheres do Morro da Providência, comunidade conhecida por ser a mais antiga do Brasil, e teve como base um trabalho comunitário focado em agroecologia.
O projeto enfrentou desafios significativos, como o curto prazo de 20 dias para execução, o espaço limitado e a necessidade de garantir uma estética que não prejudicasse a visibilidade ou as fotos do evento. Apesar das dificuldades, a pequena floresta foi montada e mantida com o auxílio de uma equipe de cinco pessoas, que cuidaram da rega e preservação das plantas durante os dois dias de evento. A ideia inicial previa o uso de plantas estrangeiras, mas a mudança de abordagem trouxe um destaque para a biodiversidade brasileira e o trabalho comunitário.
Encerrado o evento, a agrofloresta ganhou uma nova finalidade: os alimentos cultivados serão utilizados para beneficiar a equipe envolvida ou replantados na comunidade. A iniciativa também reflete o trabalho contínuo de educação ambiental desenvolvido no Morro da Providência há mais de uma década, reforçando o papel da sustentabilidade e da inclusão social em eventos de grande visibilidade global.