A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu para 4,59%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação de 4,50%. Esta elevação marca a quinta semana consecutiva de alta, refletindo um aumento em relação a 4,38% registrado um mês antes. A previsão, que é uma média das 109 projeções atualizadas, aponta que, se confirmada, o presidente do Banco Central, ao final de sua gestão, terá que explicar novamente o descumprimento da meta inflacionária.
Para 2025, a expectativa de inflação também se ajustou, passando de 4,0% para 4,03%, evidenciando uma proximidade maior com o teto da meta do que com seu centro. A partir do ano que vem, a meta de inflação será contínua e dependerá do IPCA acumulado em 12 meses, criando uma nova dinâmica para a política monetária. Além disso, a mediana para 2026 registrou leve aumento, indo de 3,60% para 3,61%, após um período de estabilidade.
O Comitê de Política Monetária (Copom) terá um papel crucial nas próximas decisões, especialmente com a reunião marcada para definir a taxa Selic. O BC antecipa que o IPCA deverá encerrar 2024 em 4,30% e que a inflação deve desacelerar para 3,70% em 2025. Essas expectativas desafiam a nova gestão do Banco Central, que começará sob a presidência de um novo diretor indicado, refletindo a continuidade das preocupações com o cumprimento das metas de inflação.