O agricultor Alexandre Abelz, de Santa Leopoldina, no Espírito Santo, se destacou no setor agrícola com o desenvolvimento de uma nova variedade de gengibre, chamada Imigrante. Após observações diárias em sua propriedade, ele começou a selecionar as plantas mais adaptadas ao solo e mais produtivas, resultando em uma raiz com características superiores, como maior resistência e maior rendimento. Esse processo empírico e natural levou à criação da variedade Imigrante, que foi oficialmente registrada no Brasil, marcando um marco inédito no setor.
O Espírito Santo, maior produtor e exportador de gengibre do Brasil, viu na variedade Imigrante uma grande inovação para o setor. O gengibre de Alexandre apresentou produtividade muito superior à média estadual, com rendimentos de até 140 toneladas por hectare, enquanto a média local é de 59 toneladas. Com isso, especialistas e instituições de pesquisa, como o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e o Incaper, passaram a colaborar no aprimoramento da variedade, visando aumentar ainda mais a produtividade e garantir a qualidade do produto para exportação.
Com a nova variedade registrada e com o apoio técnico das instituições, a expectativa é que a produção de gengibre no estado cresça ainda mais nos próximos anos. O Espírito Santo, que já é responsável por uma grande parte das exportações para mercados europeus, como Holanda, Alemanha e França, tem o potencial de alcançar novas metas de produção e exportação, com o gengibre Imigrante se consolidando como uma variedade chave para o aumento da competitividade no mercado internacional.