A produção industrial dos Estados Unidos registrou uma queda de 0,3% em outubro, marcando o segundo mês consecutivo de retração, após uma redução revisada de 0,5% em setembro. Os principais fatores para essa queda foram a greve dos trabalhadores das fábricas da Boeing e os efeitos dos furacões Milton e Helene, que afetaram a produção no período. O Federal Reserve estimou que a greve tenha impactado a produção em 0,2 ponto percentual, enquanto os furacões contribuíram com uma redução de 0,1 ponto percentual. No entanto, com a greve resolvida e a dissipação dos efeitos climáticos, espera-se que a produção industrial se recupere em novembro.
O setor industrial, que representa 10,3% da economia dos EUA, enfrentou desafios adicionais devido às altas taxas de juros, que continuam a afetar a atividade produtiva. A produção de fábricas caiu 0,5% em outubro, e o índice de produção de bens duráveis recuou 1,2%, com destaques negativos para as indústrias de automóveis e aeroespacial. No entanto, a produção de manufaturas não duráveis apresentou um pequeno aumento de 0,1%, impulsionada pelo crescimento nos segmentos de produtos químicos e papel, enquanto setores como vestuário e têxteis enfrentaram dificuldades.
Apesar das quedas na produção, o setor de mineração e os serviços públicos apresentaram resultados mais positivos, com aumentos de 0,3% e 0,7%, respectivamente. A utilização da capacidade produtiva industrial também diminuiu para 77,1%, permanecendo abaixo da média histórica de 79,7%. As condições do setor industrial indicam que a recuperação poderá ser gradual, e as expectativas para novembro dependem da continuidade da normalização dos fatores externos que impactaram a produção nos últimos meses.