A produção de trigo no Paraná não atingiu as expectativas para a safra deste ano, registrando 2,4 milhões de toneladas, enquanto a previsão inicial era de 3,9 milhões. Segundo o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Winckler atribuiu o desempenho abaixo do esperado às condições climáticas, especialmente à seca que afetou grande parte do estado. A região centro-sul foi a mais impactada, com uma queda de 45% na área plantada, passando de 68.750 hectares em 2023 para apenas 37.150 hectares em 2024.
Por outro lado, a região sul do Paraná sofreu menos com a falta de chuva, permitindo aos agricultores locais uma produção mais favorável. O agricultor Leonardo Kuntz, que atua na área, optou por reduzir em 50% a sua área de cultivo, plantando 700 hectares, o que resultou em uma colheita que, segundo ele, teve bons resultados. Kuntz acredita que a colheita na região será satisfatória, pois as condições climáticas foram mais favoráveis em comparação a outras áreas do estado.
O impacto da seca na produção de trigo no Paraná reflete um cenário mais amplo de desafios enfrentados pelo setor agrícola devido às condições climáticas adversas. Mesmo com a queda na produção, algumas áreas conseguiram se adaptar melhor às dificuldades, demonstrando a importância das decisões estratégicas no campo para mitigar os efeitos de eventos climáticos extremos.