O Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil, movimenta cerca de 1 bilhão de reais por ano, com grande parte dessa quantia circulando no exterior. Estima-se que apenas 20% do dinheiro gerado pela organização permaneça dentro do Brasil, enquanto os outros 80% são transferidos para outros países. A maior fonte de renda da facção é o tráfico internacional de drogas, com operações que envolvem mais de 90 países, e o porto de Santos, em São Paulo, sendo um dos principais pontos de exportação, respondendo por cerca de 60% da cocaína enviada pela organização.
As autoridades brasileiras têm recebido apoio de procuradores internacionais de países como Inglaterra, Alemanha e Itália, que buscam cooperar nas investigações sobre as atividades do PCC. Essas investigações destacam a crescente internacionalização da organização criminosa, que não se limita apenas ao tráfico de drogas, mas também envolve diversas formas de lavagem de dinheiro, como a utilização de empresas de fachada e transações em criptomoedas.
O PCC adota diversas estratégias para lavar os lucros provenientes do tráfico de drogas. Entre as táticas estão a criação de empresas legítimas, como postos de combustível e oficinas, que ajudam a disfarçar o dinheiro ilícito. A facção também utiliza o mercado imobiliário, comprando imóveis de alto valor e realizando transações acima do valor de mercado. Além disso, a organização recorre a doleiros e transfere grandes quantias de dinheiro para países vizinhos, como Bolívia, Peru e Paraguai, a fim de realizar o processo de lavagem e manter seu fluxo financeiro oculto.