Os processos de privacidade envolvendo o príncipe Harry e outras figuras públicas britânicas contra a editora do jornal *Daily Mail* terão início em 2026, conforme anunciado em uma declaração da Alta Corte de Londres. As ações, que envolvem alegações de interceptação ilegal de mensagens de voz e outras invasões de privacidade, remontam a práticas que ocorreram há mais de 30 anos. A editora, responsável também pelo *Mail on Sunday*, nega qualquer envolvimento em atividades ilegais, conforme defendido pelos seus advogados em uma audiência preliminar.
Os custos legais relacionados ao caso devem ultrapassar 38 milhões de libras, com os requerentes, que incluem figuras como o cantor Elton John e atrizes como Elizabeth Hurley, estimando gastar cerca de 18,4 milhões de libras até o julgamento. A editora, por sua vez, enfrenta uma previsão de gastos próximos a 20 milhões de libras. O caso será uma das maiores disputas jurídicas sobre ética da imprensa, especialmente após o escândalo de grampos telefônicos que gerou investigações públicas e processos criminais nos últimos anos.
Essas ações judiciais, movidas em 2022, marcam o primeiro julgamento relacionado a práticas de interceptação de mensagens envolvendo a Associated Newspapers desde os escândalos públicos sobre grampos telefônicos no início da década de 2010. A tentativa da editora de descartar as acusações foi rejeitada no ano passado, levando ao agendamento do julgamento para 2026, que promete ser um marco nas questões de privacidade e ética jornalística no Reino Unido.