O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou o uso do avião presidencial A319 CJ nesta quinta-feira (14), após o incidente ocorrido no início de outubro, durante uma viagem ao México. Na ocasião, a aeronave sofreu uma pane na decolagem, o que obrigou o piloto a realizar várias manobras de contorno antes de retornar ao ponto de partida para um pouso seguro. O voo, que inicialmente seria rápido, durou cerca de cinco horas devido à necessidade de uma abordagem cautelosa. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para investigar as causas do problema, mas ainda não há informações detalhadas sobre o que causou a falha.
Após o incidente, a discussão sobre a aquisição de uma nova aeronave presidencial ganhou força, especialmente devido às limitações de autonomia do atual modelo. O presidente e a primeira-dama expressaram o desejo de substituir o A319 CJ por um avião de maior capacidade e alcance, que atenda melhor às necessidades logísticas de viagens internacionais, dado o tamanho do Brasil e as demandas do cargo. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, também se posicionou a favor da compra de um novo avião, citando a idade do modelo atual e a necessidade de uma aeronave mais moderna e adequada para as viagens presidenciais.
Embora o avião presidencial tenha completado 20 anos em janeiro de 2024 e seja considerado seguro, o comandante Damasceno ressaltou que o Brasil, como uma das maiores economias do mundo, merece um equipamento com maior autonomia para os deslocamentos do presidente. A compra de uma nova aeronave dependerá de decisões políticas e orçamentárias, mas a situação atual gerou um novo impulso na discussão sobre as condições de transporte aéreo da presidência.