A recente prisão de quatro militares do Exército e um policial federal, acusados de planejar ações contra o presidente, o vice-presidente e um ministro do STF, reacendeu discussões sobre a estabilidade democrática no Brasil. As detenções ocorreram durante uma operação da Polícia Federal que investigava uma organização criminosa supostamente envolvida em conspirações pós-eleitorais de 2022. Para críticos, as prisões são um indicativo de riscos à democracia, enquanto outros alegam que há uma tentativa de construir uma narrativa exagerada sobre a situação política do país.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro criticou as ações da PF, considerando-as uma “cortina de fumaça” para os debates do G20 no Brasil. Ele argumentou que o contexto atual não justifica a aplicação de prisões preventivas e que a narrativa de risco à democracia seria infundada. O parlamentar também negou qualquer envolvimento de seu pai, o ex-presidente, com o planejamento de atos antidemocráticos.
A situação também trouxe à tona o projeto de lei de anistia para envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, cuja análise está pendente no Congresso. Segundo o deputado, as prisões reforçam a necessidade de aprovar a proposta, garantindo limites claros para definir crimes no contexto político. O episódio reflete a tensão entre investigações de segurança e interpretações políticas, evidenciando debates sobre a aplicação da lei em contextos sensíveis.