Jackson Peixoto Rodrigues, preso no Complexo Prisional de Canoas, foi assassinado dentro da cadeia por outro detento, após ter enviado uma carta à direção da penitenciária um dia antes do crime, pedindo transferência devido ao risco de segurança. No documento, ele expressava preocupação com a proximidade de inimigos de sua organização criminosa, destacando o temor de uma possível falha na segurança do presídio. A carta, que foi entregue a um agente da Polícia Penal, foi confirmada pelas autoridades, levando ao afastamento de cinco servidores, incluindo o diretor da penitenciária e responsáveis pela segurança no momento do crime.
A polícia investiga a suspeita de que a arma utilizada no assassinato tenha sido introduzida no presídio por meio de um drone, uma prática recorrente na região. A segurança da galeria onde Jackson estava detido já havia sido alvo de tentativas de entrega de ilícitos por drones, incluindo drogas e rádio. A pistola 9mm usada no ataque foi apreendida e a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do crime, identificando dois suspeitos envolvidos no ataque.
Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido por seu envolvimento com crimes de grande escala, como homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, tinha um histórico criminal extenso. Foi preso no Paraguai em 2017 e, após ser transferido para o Brasil, esteve em penitenciárias de alta segurança. Sua transferência para o presídio de Canoas, uma unidade de segurança média, havia gerado preocupação devido à possibilidade de ataques de rivais e à entrada de armas, como indicado na sua carta. As autoridades estaduais buscam uma apuração rigorosa para esclarecer os detalhes do assassinato e eventuais falhas no sistema penitenciário.