A COP29, cúpula climática da ONU, reunirá quase 200 países a partir de 11 de novembro em Baku, Azerbaijão. Um dos maiores desafios será alcançar um consenso entre nações com interesses e necessidades muito distintas. Entre os principais participantes, a China, como o maior emissor de gases de efeito estufa, manterá sua posição como país em desenvolvimento e pressionará por um maior compromisso das nações industrializadas. Os Estados Unidos, por sua vez, enfrentarão um cenário político polarizado com a iminente eleição de Donald Trump, o que pode impactar a criação de metas globais de financiamento climático.
A União Europeia, com sua tradição de liderança em financiamento climático, busca mais clareza sobre a contribuição de países emergentes, como a China, enquanto o Reino Unido deve apresentar novas metas de redução de emissões para 2035. Já os países do Grupo dos 77 + China defendem que as nações mais ricas devem assumir maior responsabilidade histórica na redução das emissões, enquanto os países africanos pressionam por mais recursos financeiros e pela implementação do Artigo 6 do Acordo de Paris sobre o mercado de carbono.
Outros blocos de negociação, como a Aliança dos Pequenos Estados Insulares e a Coalizão de Alta Ambição, estarão focados em garantir financiamento climático adequado e ações mais agressivas de mitigação, incluindo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis. Esses países, altamente vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, buscam garantir que as nações desenvolvidas cumpram suas promessas financeiras e que o fundo de perdas e danos seja efetivamente implementado, especialmente após eventos climáticos devastadores no continente africano.