O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu pela primeira vez neste domingo que autorizou um ataque com explosivos direcionado ao grupo libanês Hezbollah. A confirmação foi dada por seu porta-voz, Omer Dostri, que explicou que Netanyahu fez essa declaração durante uma reunião semanal do Conselho de Ministros, na qual assumiu responsabilidade pela operação ocorrida em setembro. Até o momento, nenhum grupo havia reivindicado o ataque, que teria sido executado com explosivos implantados em pagers.
O ataque em questão feriu aproximadamente 3 mil pessoas e foi seguido por uma ação similar no dia seguinte, envolvendo explosivos colocados em walkie-talkies, o que resultou na morte de mais de 37 pessoas. Esses incidentes intensificaram as tensões na região, marcando um momento de agravamento nos confrontos entre Israel e o Hezbollah, movimento que tem forte presença no sul do Líbano. A revelação pode aumentar a pressão sobre o governo israelense em relação às estratégias adotadas no enfrentamento de grupos considerados hostis na região.
A admissão do ataque surge em um contexto de frequentes embates e escaladas de violência envolvendo Israel e o Hezbollah. Essa declaração, feita oficialmente após semanas de silêncio sobre o caso, gera novas discussões sobre a postura do governo israelense e suas decisões no combate a ameaças de segurança, além de aumentar a atenção internacional sobre os desdobramentos dessa rivalidade no Oriente Médio.