O Dia da Consciência Negra, celebrado pela primeira vez como feriado nacional em 2024 após a sanção da Lei 14.663/2023, marca um avanço significativo na reflexão sobre desigualdades raciais no Brasil. A data, que homenageia Zumbi dos Palmares, transcende a comemoração ao trazer à tona debates urgentes sobre o racismo estrutural e a valorização da cultura afro-brasileira. Especialistas apontam a Educação Antirracista como elemento central para a mudança, ressaltando que o processo educativo deve ir além das escolas, envolvendo empresas, instituições públicas e a sociedade em geral.
A implementação da Educação Antirracista enfrenta desafios significativos, como a falta de capacitação docente, resistência cultural e materiais didáticos insuficientes. No entanto, exemplos como o município de Aparecida de Goiânia mostram como iniciativas bem-sucedidas podem transformar a percepção sobre identidade racial e a dinâmica do racismo. Além das escolas, a abordagem antirracista é vista como um instrumento crucial para ampliar a representatividade da população negra no mercado de trabalho, especialmente em carreiras de prestígio, onde persistem barreiras históricas e estruturais.
Dados revelam a profundidade das desigualdades enfrentadas pela população negra no Brasil, incluindo sub-representação em espaços de poder e maior vulnerabilidade a baixos salários e violência. O feriado nacional da Consciência Negra abre espaço para diálogos sobre soluções concretas, como políticas de inclusão, cotas raciais e treinamento para diversidade. O objetivo é construir uma sociedade mais equitativa, em que a história e a cultura afro-brasileira sejam reconhecidas como pilares fundamentais da identidade nacional e da luta por igualdade.