A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na última quinta-feira (14), por maioria, manter a prisão preventiva de um acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, argumentou que não há elementos suficientes para autorizar a liberação do acusado e que a prisão preventiva é necessária para garantir a continuidade das investigações. De acordo com Moraes, existem indícios de que o acusado estaria tentando obstruir a apuração do caso, o que justifica a manutenção da prisão.
A decisão foi acompanhada pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino, que concordaram com os argumentos do relator. A sessão para análise do caso está sendo realizada de forma virtual, desde o dia 8 de novembro, e deve se estender até o dia 18. No formato de julgamento virtual, os ministros não discutem diretamente entre si, apresentando seus votos por meio de um sistema eletrônico. A expectativa é que o voto do ministro Luiz Fux, que ainda não se manifestou, complemente a decisão final.
O acusado permanece preso desde março de 2023 e, até o momento, os argumentos apresentados pela defesa para sua liberação não foram considerados suficientes. O caso continua a ser monitorado pela opinião pública, dada sua alta repercussão e a busca por justiça em relação ao assassinato de Marielle Franco, que chocou o Brasil e segue sem resolução definitiva.