Em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi impactado principalmente pelos aumentos nos preços de energia elétrica e alimentos e bebidas. A energia elétrica registrou uma alta de 4,74%, resultando em um impacto de 0,20 ponto porcentual no índice geral, devido ao acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Já o setor de alimentos e bebidas teve reajustes de 1,06%, com uma contribuição de 0,23 ponto porcentual no índice. A carne, especificamente, apresentou um aumento médio de 5,81%, elevando os preços dos cortes como acém, costela e contrafilé.
A alta nos preços das carnes é explicada por uma combinação de fatores climáticos, como a estiagem severa, que reduziu a oferta de animais para abate. Além disso, a demanda externa, com exportações em crescimento, também afetou a disponibilidade no mercado interno. O gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, André Almeida, destacou que este período do ano é tradicionalmente de entressafra, o que agrava ainda mais a situação.
No caso da energia elétrica, o aumento foi principalmente devido à seca, que afetou a produção de energia. A bandeira tarifária vermelha patamar 2, que gerou o aumento de 4,74%, será substituída pela bandeira amarela em novembro, o que deve proporcionar um alívio nas contas de luz e contribuir para uma desaceleração do IPCA. A previsão é que a inflação mensal de novembro seja de 0,18%, com a expectativa de promoções relacionadas à Black Friday também influenciando os preços.