Mensagens trocadas entre um ex-ajudante de ordens de um ex-presidente e um general revelam pressões de parlamentares e do setor agropecuário para a adoção de medidas drásticas que envolvem o uso das forças armadas. As comunicações também indicam que o ex-presidente estaria resistindo a tais medidas, apesar de ajustes em documentos que poderiam facilitar a execução de um golpe de Estado.
De acordo com investigações da Polícia Federal, uma organização criminosa composta majoritariamente por militares planejava ações coordenadas para impedir a posse do governo eleito em 2022. O grupo, conhecido como “kids pretos,” teria elaborado um plano que incluía assassinatos estratégicos e o uso de métodos militares e terroristas. As ações estavam programadas para ocorrer em dezembro de 2022, logo após a diplomação do novo governo.
A operação policial, realizada no dia 19 de novembro, resultou em mandados de prisão, busca e apreensão, além de medidas cautelares contra militares e outras figuras relacionadas ao caso. A revelação de tais planos e as pressões descritas reforçam os desafios enfrentados pelas instituições democráticas brasileiras em momentos de transição política e institucional.