O presidente do Corinthians, Augusto Melo, reagiu às acusações de um possível golpe contra sua gestão e ao pedido de impeachment que será votado no Conselho Deliberativo do clube. Segundo Melo, a atual administração tem profissionalizado o clube e desfeito acordos prejudiciais, o que teria gerado descontentamento entre certos grupos. Ele criticou a recomendação de afastamento do Conselho de Orientação (Cori), afirmando que não há base para tal ação e que o pedido é uma tentativa de retaliação, principalmente após se recusar a ceder a chantagens relacionadas à demissão de executivos do clube.
Melo também se defendeu de acusações sobre contratos sem licitação e falta de transparência financeira, afirmando que sua gestão tem sido aberta e transparente, permitindo a fiscalização do Conselho. Ele ressaltou que o clube enfrenta dificuldades financeiras, mas está trabalhando para equilibrar as contas e reverter a imagem de inadimplência, com cerca de R$ 50 milhões bloqueados judicialmente. Além disso, o presidente afirmou que a maior dificuldade durante seu mandato tem sido lidar com a política interna do clube, que, em sua opinião, prejudica o desenvolvimento do Corinthians.
No que diz respeito ao futebol, Melo assegurou a permanência do técnico Ramón Díaz até 2025, destacando o bom trabalho realizado pelo treinador argentino. O presidente também comentou sobre a passagem do técnico António Oliveira, que deixou o clube devido à falta de condições financeiras para trabalhar de forma adequada. Para Melo, a oposição política no clube continua sendo um obstáculo, e ele pediu o apoio dos torcedores para que a gestão continue avançando, criticando a politização excessiva que, segundo ele, afeta negativamente a gestão do Corinthians.