A presidência brasileira do Brics em 2025 terá uma duração curta, concentrando-se principalmente no primeiro semestre, com a intenção de servir como um fórum de transição entre o G20 e a COP30, evento climático importante que ocorrerá no segundo semestre do ano. O Brasil sediará aproximadamente cem reuniões, das quais a maioria deve ocorrer até julho. Além da Cúpula de Líderes, estão previstas cúpulas ministeriais e encontros de caráter técnico, tanto presenciais quanto remotos. A cidade do Rio de Janeiro expressou interesse em ser a sede da Cúpula de Líderes, mas ainda não há decisão sobre o local.
Um dos principais objetivos da presidência brasileira será reforçar a institucionalidade do Brics, especialmente após a expansão recente do grupo de cinco para dez membros. O Brasil pretende trabalhar em diretrizes para a rotação da presidência e para a integração de novos membros em grupos de trabalho, visando maior coesão e funcionalidade. O Itamaraty também pretende detalhar o conceito de “membro parceiro”, uma categoria criada pela presidência russa, que permite a participação em discussões, mas sem poder de veto.
Além das questões institucionais, o governo brasileiro dará prioridade ao combate às mudanças climáticas e à reforma da governança global, com um foco particular em mecanismos financeiros multilaterais. A administração brasileira vê essas ações como fundamentais para a sua presidência no Brics, estabelecendo uma agenda que alinhe interesses globais e promova o desenvolvimento sustentável no cenário internacional. A apresentação formal das propostas de presidência será realizada em fevereiro de 2025 em Brasília.