A presidência brasileira do G20, iniciada em dezembro de 2023, está prestes a atingir seu momento de culminância com a Cúpula de Líderes, que ocorrerá na segunda e terça-feira (18 e 19 de novembro). Neste encontro, os Chefes de Estado das principais economias do mundo discutirão temas-chave, como desigualdade global, sustentabilidade e financiamento para o combate às mudanças climáticas. Essas questões têm sido o foco central das discussões ao longo do ano, com o Brasil buscando destacar o papel das nações no enfrentamento desses desafios.
O processo de preparação para a Cúpula é complexo e envolve a chamada “Trilha de Sherpas”, composta por diplomatas designados pelos países membros. Este grupo é responsável por facilitar o alinhamento das questões discutidas, dividindo as discussões em 15 áreas temáticas, incluindo saúde, agricultura, economia digital e transições energéticas. Além disso, o Brasil implementou inovações, como a integração entre a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças, buscando uma maior coesão entre os temas econômicos e sociais.
A Cúpula Social, uma iniciativa inédita realizada em paralelo, trouxe à tona questões como a taxação dos super-ricos e ampliou a participação de atores não governamentais nas discussões. Embora o evento tenha revelado alguns pontos de divergência, especialmente em relação às políticas geopolíticas e à guerra na Ucrânia, a expectativa é de que a Cúpula de Líderes consiga chegar a um consenso e produzir um documento final que reflita o compromisso das nações em torno das principais pautas globais.