Mike Tyson, ex-campeão mundial de boxe, está prestes a retornar aos ringues para uma luta profissional contra o influenciador Jake Paul, quase 40 anos após sua estreia no esporte. Em 1985, Tyson surpreendeu o mundo com sua vitória rápida sobre Hector Mercedes, e ao longo de sua carreira, consolidou-se como um dos maiores nomes do boxe. No entanto, o retorno de Tyson, aos 58 anos, gera preocupações, especialmente devido aos impactos neurológicos acumulados ao longo de sua longa trajetória no esporte, que é conhecido por causar danos cerebrais em seus praticantes.
Especialistas em neurologia, como o Dr. Nitin K. Sethi, alertam que boxeadores acima dos 40 anos enfrentam riscos elevados, tanto durante as lutas quanto devido às lesões crônicas de cabeça. Sethi destaca que, embora o boxe seja um esporte que exige resistência física, as repercussões a longo prazo de repetidos golpes na cabeça podem ser devastadoras, levando a condições como concussões e danos neurológicos permanentes. Tyson, que acumulou anos de prática intensa, poderia ser mais suscetível a esses efeitos prejudiciais, o que levanta questões sobre sua saúde e o impacto do retorno ao ringue.
Apesar das preocupações, a luta foi autorizada pela Comissão de Licenciamento e Regulamentação do Texas, que aprovou o combate com condições especiais, como rounds mais curtos e o uso de luvas mais pesadas. A decisão gerou debates sobre a segurança no boxe e a necessidade de mudanças estruturais no esporte para proteger melhor os atletas, especialmente aqueles que, como Tyson, já enfrentaram sérios riscos em suas carreiras anteriores. O retorno de Tyson ao boxe, portanto, não só reabre discussões sobre a saúde dos boxeadores mais velhos, mas também sobre como o esporte pode evoluir para garantir maior proteção aos seus praticantes.