O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, está em busca de diálogo com o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para discutir uma recente decisão que impacta os preços dos serviços funerários na cidade. Nunes manifestou preocupação com a decisão que determinou a manutenção dos preços dos serviços funerários em cemitérios privatizados ao nível anterior às concessões. Segundo a prefeitura, o contrato com as empresas privadas já mantém os preços congelados desde 2019, com uma correção de 4%, abaixo da inflação, e um desconto de 25% para funerais de famílias de menor renda.
A decisão do STF foi tomada a partir de uma solicitação do PCdoB, que pediu a revisão da política de reajustes. A prefeitura, por sua vez, defende que a medida não leva em consideração a realidade dos contratos firmados e a necessidade de reajustes para equilibrar o custo dos serviços, especialmente com as concessões de 22 cemitérios e crematórios públicos a empresas privadas, as quais aumentaram significativamente os preços desde a privatização. De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, o custo de um pacote de enterro popular triplicou desde a privatização, passando de R$ 428 para R$ 1.494,14.
Ricardo Nunes acredita que a decisão pode ter consequências negativas para a população paulistana e está determinado a esclarecer ao ministro Flávio Dino, a quem considera uma pessoa sensata e bem-intencionada, os impactos da mudança. A gestão municipal reforça que a intenção é garantir a acessibilidade e a justiça nos preços dos serviços funerários, equilibrando interesses públicos e privados, e defendendo que as políticas adotadas até o momento são justas e equilibradas.