O petróleo encerrou a semana em alta, impulsionado por tensões geopolíticas e expectativas sobre as decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O contrato WTI para janeiro subiu 1,63%, a US$ 71,24 o barril, enquanto o Brent avançou 1,26%, a US$ 75,17. Na semana, os dois índices acumularam ganhos significativos de 6,5% e 5,7%, respectivamente. A escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia e a postura cautelosa da Opep em relação à produção foram os principais fatores que movimentaram o mercado.
No campo geopolítico, os conflitos entre Ucrânia e Rússia ganharam destaque, especialmente com o ataque recente à cidade de Dnipro utilizando um míssil experimental. As declarações de continuidade nos testes balísticos trouxeram mais incerteza ao cenário, enquanto a Otan se prepara para uma reunião em Bruxelas na próxima semana. Esses acontecimentos contribuíram para sustentar os preços do petróleo, que já vinham sendo pressionados pelos riscos de oferta. Ao mesmo tempo, preocupações com a demanda global, especialmente na China, limitaram uma recuperação mais robusta nos preços.
Para os próximos dias, analistas projetam estabilidade nos preços do petróleo dentro da faixa atual de US$ 70 a US$ 75, com o foco do mercado voltado para a reunião da Opep em 1º de dezembro. Espera-se que o cartel mantenha sua postura conservadora, adiando um possível aumento na produção para evitar um excesso de oferta e quedas significativas nos preços no próximo ano. O compromisso renovado entre a Opep e seus parceiros em garantir a estabilidade dos mercados reforça essa perspectiva cautelosa.