A posição cambial líquida do Banco Central (BC) do Brasil alcançou US$ 234,671 bilhões em 22 de novembro de 2024, uma redução em relação ao fechamento de outubro, quando foi de US$ 247,211 bilhões, e ao final de 2023, que foi de US$ 238,568 bilhões. Este indicador reflete a capacidade do BC de atender a eventuais necessidades de moeda estrangeira, como oferecer liquidez em momentos de crise e medir a resistência do país a choques externos. A posição leva em conta as reservas internacionais, operações de linha de venda de dólares com recompra, swaps cambiais e os Direitos Especiais de Saque (DES) no FMI.
Em relação às reservas internacionais, o BC registrou US$ 30,470 bilhões ao final da última semana, uma queda significativa em comparação aos US$ 366,096 bilhões de outubro. Esse movimento está relacionado à perda de R$ 3,686 bilhões com swaps cambiais em novembro, uma redução em relação ao resultado negativo de R$ 30,324 bilhões em outubro. Além disso, a administração das reservas gerou um prejuízo de R$ 64,025 bilhões em outubro, com o resultado líquido das operações cambiais sendo negativo em R$ 74,917 bilhões, devido a fatores como correção cambial e variação de juros.
Apesar dos prejuízos registrados em 2024, o BC busca mitigar volatilidades no mercado financeiro e manter um colchão de liquidez. Até 22 de novembro, a autoridade monetária acumulou perdas de R$ 79,406 bilhões em swaps cambiais pelo critério caixa. Contudo, a rentabilidade da administração das reservas internacionais no ano foi positiva, atingindo R$ 338,059 bilhões, com o resultado líquido das reservas e das operações cambiais também em números positivos, refletindo uma estratégia de hedge contra flutuações do mercado.