O Conselho Deliberativo da Associação Portuguesa de Desportos aprovou a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com o objetivo de viabilizar sua recuperação financeira e esportiva. A proposta, que será submetida à votação dos sócios, é apoiada por três empresas: Tauá Partners, XP Investimentos e Revee. O grupo se comprometerá a investir até R$ 1 bilhão, sendo R$ 263 milhões destinados ao futebol nos próximos cinco anos. Desse valor, R$ 30 milhões são previstos para 2025, com ênfase em base, contratações e infraestrutura, como o centro de treinamento e o time feminino.
O modelo de SAF é visto como uma mudança fundamental para a Lusa, especialmente após uma década marcada por dificuldades financeiras e administrativas. Com um passivo estimado de R$ 450 milhões, o grupo de investidores assumirá a responsabilidade pelas dívidas, reduzindo o valor total a ser quitado para cerca de R$ 250 milhões. O presidente do clube, Antonio Carlos Castanheira, acredita que a transformação da Portuguesa em SAF é o único caminho para garantir sua sustentabilidade e crescimento no cenário esportivo atual, onde a gestão profissional e o aporte financeiro são essenciais.
Além dos investimentos no futebol, a proposta inclui um ambicioso plano de modernização do estádio Canindé, transformando-o em uma arena multiuso, com capacidade para 30 mil espectadores e possibilidade de sediar grandes shows. O objetivo é que a Portuguesa, além de se consolidar na elite do futebol paulista e avançar no Campeonato Brasileiro, também se torne um centro de eventos de porte, competindo com estádios como o Allianz Parque. A expectativa é de que o clube retome um protagonismo tanto dentro quanto fora dos gramados, com metas de alcançar a semifinal do Paulistão até 2028 e a Série A do Campeonato Brasileiro até 2029.