A construção da Ponte da Bioceânica, que conecta Porto Murtinho, no Brasil, a Carmelo Peralta, no Paraguai, já ultrapassa 60% de conclusão, de acordo com o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai. A estrutura é peça-chave para o desenvolvimento da Rota Bioceânica, uma megaestrada que unirá o Oceano Atlântico, a partir do Brasil, ao Pacífico, no Chile, facilitando a exportação brasileira para países asiáticos. Estudos indicam que a nova rota pode reduzir em até 23% o tempo de transporte para a China, além de encurtar a distância marítima em mais de 9,7 mil quilômetros.
A ponte, com 1.294 metros de extensão, será dividida em três trechos: dois viadutos de acesso e uma parte estaiada de 632 metros sobre o rio Paraguai. A obra está sendo executada por um consórcio binacional, com um investimento de R$ 575,5 milhões provenientes da administração paraguaia da Itaipu. No momento, a montagem da estrutura principal avança, com pilares de concreto elevados em ambos os lados do rio. No lado paraguaio, os esforços estão focados no aterro de acesso, enquanto no lado brasileiro ocorre a instalação da plataforma de suporte.
Além da ponte, o Brasil investe na construção do acesso rodoviário que conectará a BR-267 à estrutura, obra estimada em R$ 427 milhões e gerida pelo Consórcio PDC Fronteira com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Este acesso incluirá uma alça de 13,1 quilômetros e um contorno rodoviário em Porto Murtinho, além de um centro aduaneiro para o controle de fronteira. Iniciado em setembro, o projeto de acesso tem prazo de conclusão de 26 meses, e o consórcio já iniciou a preparação da área.