A Polícia Civil de São Paulo prendeu uma quadrilha responsável por aplicar golpes em mais de 2 mil vítimas em todo o Brasil, criando sites falsos de lojas virtuais. Os criminosos atraíam compradores com propagandas fraudulentas de produtos, especialmente em redes sociais como Facebook e Instagram, e os enganavam ao cobrar valores por produtos que nunca eram entregues. Um dos principais envolvidos foi preso no início de novembro e confessou ser o responsável pela criação dos sites clonados, que copiavam páginas oficiais de grandes varejistas para dar uma falsa impressão de legitimidade.
A investigação teve início após um empresário de Presidente Prudente denunciar que consumidores estavam reclamando de compras não entregues. A polícia identificou que os sites falsificados eram praticamente idênticos aos verdadeiros, incluindo fotos, preços e descrição dos produtos, o que dificultava a percepção do golpe. O grupo utilizava estratégias como a solicitação de pagamento por PIX, método que, por sua natureza instantânea, dificultava o rastreamento do dinheiro desviado.
Além das prisões, a polícia alertou plataformas como o Facebook e Instagram sobre os anúncios fraudulentos, levando à remoção de algumas propagandas após a denúncia. Especialistas em defesa do consumidor apontam que redes sociais desempenham um papel importante na disseminação desses golpes, já que muitos usuários consideram os anúncios patrocinados como seguros. Para evitar fraudes, é recomendado que os consumidores realizem uma pesquisa detalhada antes de efetuar compras online, verificando a reputação da loja e os métodos de pagamento oferecidos.