A polícia peruana deu mais um passo significativo na luta contra a corrupção no futebol, ao realizar uma operação que resultou na prisão preventiva do presidente da Federação Peruana de Futebol (FPF). O dirigente é acusado de extorsão e de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado à venda de direitos televisivos de clubes de futebol da primeira divisão do Peru. A prisão faz parte de uma investigação ampla, que já durava mais de um ano e envolve múltiplos mandados de prisão contra outros suspeitos.
O processo judicial, composto por 140 páginas, descreve alegações de pressão sobre clubes peruanos, que seriam ameaçados de rebaixamento caso não cedessem seus direitos de transmissão. Além disso, há suspeitas de uso indevido de fundos da federação, incluindo um montante significativo destinado ao transporte de pessoas para eventos no exterior, sob justificativas questionáveis. O caso levanta preocupações sobre a administração de recursos e a integridade das operações dentro da federação.
Essas ações fazem parte de uma série de investigações contra práticas irregulares no esporte, envolvendo dirigentes do mais alto escalão no futebol do país. As autoridades argumentam que a prisão foi necessária devido ao risco de fuga e de interferência nas investigações. O episódio reflete o esforço das instituições em garantir transparência e ética no esporte, e surge em um contexto de crescente atenção pública e judicial sobre a gestão de recursos no futebol peruano.