A polícia italiana desmantelou uma ampla rede de falsificação de arte que operava internacionalmente, produzindo e comercializando cópias fraudulentas atribuídas a renomados artistas modernos e contemporâneos, como Pablo Picasso, Andy Warhol e Banksy. A operação, conduzida pelo esquadrão de arte dos Carabinieri em colaboração com autoridades de outros países europeus, resultou na apreensão de mais de 2.100 obras falsificadas, que juntas poderiam alcançar o valor de mercado de aproximadamente 200 milhões de euros. Foram descobertos seis ateliês envolvidos no esquema, sendo dois localizados na Itália e os demais em outros países da Europa.
Além das apreensões, 38 indivíduos foram colocados sob investigação por suspeitas de conspiração para a venda ilegal de obras de arte, falsificação e comercialização de produtos roubados. A promotora responsável pelo caso destacou que a operação contou com apoio de especialistas do arquivo de Banksy, que a consideraram um dos maiores esforços para a proteção de sua obra. As investigações também apontaram que o grupo suspeito teria realizado exposições com catálogos publicados em locais prestigiados para dar credibilidade às falsificações, atraindo compradores nas cidades de Mestre, próxima a Veneza, e Cortona, na Toscana.
O caso começou em 2023, quando 200 peças falsas foram apreendidas na coleção de um empresário em Pisa, incluindo uma reprodução de Amedeo Modigliani. A descoberta levou à identificação de um esquema que envolvia a venda de falsificações em diversas casas de leilão na Itália, associadas a um grupo especializado em imitar trabalhos de artistas como Banksy e Warhol.