A Polícia Civil de São Paulo apreendeu os celulares de quatro policiais militares que faziam a segurança particular de um empresário morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, além do aparelho da namorada da vítima, como parte das investigações sobre o caso. Imagens de câmeras de segurança mostram que o empresário foi alvejado por disparos de fuzil ao desembarcar, e as autoridades suspeitam de possível envolvimento dos seguranças no crime, visto que alguns deles estavam ausentes devido a uma suposta falha mecânica no trajeto até o local.
A vítima, delator em uma investigação sobre lavagem de dinheiro vinculada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), relatou informações sobre crimes organizados envolvendo o mercado imobiliário e futebol. Em depoimentos anteriores, o empresário havia colaborado com investigações sobre homicídios e possíveis atos de corrupção dentro das forças policiais. Este caso específico, agora sob a análise da Corregedoria da Polícia Militar e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), examina se houve falhas intencionais na segurança prestada ao empresário.
Além dos depoimentos dos seguranças e familiares, a polícia apreendeu veículos supostamente utilizados pelos criminosos, incluindo um carro no qual foram encontrados colete à prova de balas e munições. A construtora onde o empresário trabalhou anteriormente afirmou que acompanha as investigações e que está disponível para cooperar com as autoridades. As investigações seguem em andamento, e até o momento ninguém foi detido.