O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo solicitou à Polícia Civil de Alagoas a investigação dos últimos passos de um empresário morto em um atentado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O crime ocorreu na sexta-feira, 8 de novembro, quando a vítima foi atingida por dez tiros disparados por dois homens encapuzados na área de desembarque do terminal 2. A polícia de Alagoas agora refaz o trajeto do empresário no estado, verificando os locais que ele visitou e as pessoas com quem teve contato antes de sua morte.
As autoridades tentam entender se a morte foi motivada por questões financeiras ou por algum outro fator relacionado à história de envolvimento do empresário com organizações criminosas. De acordo com investigações preliminares, a vítima esteve em Maceió antes de sua morte, onde teria feito uma cobrança de uma dívida, recebendo joias avaliadas em cerca de R$ 1 milhão em troca do pagamento. Além disso, em depoimento, a namorada do empresário revelou que ele havia expressado desconfiança de estar sendo seguido pouco antes do atentado.
A Polícia Civil de São Paulo trabalha em uma força-tarefa com outras delegacias, incluindo a de Alagoas, para entender as motivações por trás do assassinato e identificar os responsáveis. As investigações estão em sigilo, mas a hipótese de que o crime tenha sido encomendado por dívidas financeiras está sendo cuidadosamente analisada, enquanto outras linhas de investigação, como ameaças anteriores, também são levadas em consideração. A morte do empresário ocorreu em um momento de crescente tensão em torno de casos de delação premiada e operações contra o crime organizado no Brasil.